Sunday, October 26, 2008

Memórias De Um Copo Vazio


Aventura Quinta (V) - O Primeiro Casal do Grupo


Olim, um abafado dia de Setembro (1º de “férias), em plena tarde de Verão, graças ao fabulástico aquecimento global! Estávamos no primeiro intervalo na nova escola, eu e o elemento Ω fumávamos. E eis que aparece o elemento j, vinda do nada, com umas “amigas” que apenas são relevantes para a história que vos trago porque, mal o elemento j profere um tímido “olá” ao elemento Ω, elas “piram-se”, esfumaçam-se, assemelhando-se a bruxas.
Ambos os elementos ficam especados e atrapalhados, nervosos pela situação resultante e…não tarda cada um segue para seu lado, sem mais a dizer.
(nota: os elementos referidos acima, tinham-se conhecido através de um magnifico sítio da Internet: o hi5! Já agora, se lerem isto adicionem-me. Pesquisem por “rapariga bem jeitosa que adora sexo oral”. Sou eu!)
Resumindo, eles gostaram muito um do outro e a cada dia passavam mais tempo juntos, com o fito de se conhecerem.
Eu não gostei disto. E porquê? Bem, devido à falta de similaridade, evidente para mim, entre o elemento j e uma rapariga comum.
Nesse primeiro dia que a vi fiquei intrigado. Chegado eu a casa, fui à minha biblioteca pessoal (a estante que possuo no meu quarto pronto) e pesquisei sobre uma espécie animal da qual tinha sido recentemente informado. Confirmei rapidamente as minhas suspeitas. Tal como eu julgava, o elemento j não era uma fêmea humana. Era um Lémure (ver animal muito fofinho e com ar de coitadinho que vive no Madagáscar)!
Nos dias que se seguiram, tentei mostrar o que havia descoberto sobre o elemento j. Surpresa das surpresas, tal como há cerca de 1972 anos havia acontecido, ninguém acreditou em mim. E, tal como sucedera dessa outra vez, formou-se um novo conluio contra mim e, mais uma vez, eu fui crucificado!
A sério, literalmente pregado na cruz.
La fiquei eu ali a esvair-me em sangue, até que, finalmente, fui para ao céu Esta coisa de estar lá na cruz parece que demora uma eternidade. É assim a modos que custoso, mesmo para quem é repetente.
Uma vez lá em cima no paraíso, reencontrei o todo-poderoso senhor meu papá (Deus ou elemento d). O paizinho mostrou-se muito pasmado e indagou-me: - “Que estás tu aqui a fazer pá?”
Exacto. A minha reacção foi a mesma que a do caro leitor (que espero que não seja também um Lémure!) : - “ Ó papá, não viste o que se passou? Tu não és aquele que vê tudo e é omnipresente?”
E ele retorquiu: - “ Claro que não vi! Estava a jogar o Manchester United! Achas que ia perder o jogo não? Isto é com cada uma… Além disso no intervalo tive que aproveitar para ir à casinha, aliviar a tripa. Sabes que a tua mãe Maria puxa sempre muito pelos picantes quando cozinha.”
Posto isto, eu expliquei-lhe o que havia ocorrido…
Findando eu a minha “desventura”, o meu criador (e vosso também!) exclama: - “ Mas tu és estúpido? Não, a sério, diz-me, tu és estúpido não és? Onde estavas tu quando eu distribui a inteligência? Di te perdant pá! É a segunda vez que és crucificado por falares demasiado e dizeres coisas parvas! Tu não aprendes? Ai a minha eternidade a andar para trás! Por causa disso, vou-te mandar lá para baixo outra vez. E vê se não voltas tão cedo sim?”
E, sendo assim, lá vim eu de volta para a Terra…
Nos dias posteriores eu inventei uma sugestiva história, desmentindo a pés juntos que o elemento j não era humana.
Dez míseros dias depois de volvidas as primeiras aulas, o elemento Ω e o elemento j começaram a namorar.
Agora, adorados leitores, façam por distinguir o que foi, o que não foi e o que devia ter sido.
Em todo o caso, deixo-vos aqui duas notas finais:
1 – Ninguém me tira da cabeça que o elemento j é um lémure e que possui pretensões de domínio mundial.
2 – A sério, eu fui mesmo crucificado.




Obrigado pelo tempo gasto na leitura de mais uma aventura.
Voltem sempre!
República e Saúde!

E um agradecimento especial ao elemento R que me devolveu a inspiração para escrever e que me desfez o enguiço que culminou neste bloqueio criativo de tantos dias!